Pichações escondem mensagens para gangues rivai |
Desenvolvido pela empresa Grafitti Tracker, do analista de sistemas Timothy Kephart, em vez de simplesmente apagar a pichação, o aparelho fotografa e armazena informações importantes como hora, dia e local exatos em que os atos de vandalismo são praticados.
Conhecida como Graffiti Analysis/Intelligence traking System (GAITS), a nova tecnologia usa o sistema de posicionamento global (GPS) para identificar com precisão dados sobre os autores e os tipos de pichação praticada. Em seguida, as informações são comparadas com outras arquivadas em bancos de dados policiais.
Precisão
A iniciativa tem se mostrado eficiente no combate ao vandalismo. Uma das pichações capturadas pelo GAITS mostrou que um dos desenhos tinha sido feito perto da casa de um dos suspeitos investigados pela polícia. As imagens ainda mostraram a escola e o parque por ele freqüentados.
Timothy Kephart elaborou a nova tecnologia depois de analisar mais de 450 fotos de pichações praticadas por gangues urbanas. Em Los Angeles, ele identificou uma série de desenhos com estilos diferentes e as relacionou com as atividades dos grupos que estão sendo procurados pela polícia. Estima-se que há 720 gangues de rua com cerca de 40 mil membros em Los Angeles.
A maioria dos grafites analisados por Kephart continha mensagens para os grupos rivais e códigos que significavam a “assinatura” do trabalho.
Até agora, 20 cidades nos Estados da Califórnia, Nevada e Nebraska já adotaram o sistema e o criador espera que as vendas dupliquem em um ano.
Mas enquanto autoridades investem no combate à pichação, há quem critique a medida.
"Eu nunca ouvi falar de algo tão hilário", ironiza Simon Davies, presidente da ONG Privacy International.
"O dinheiro deveria ser investido em reforma urbana, e incentivar o grafite como forma de arte. Esse sistema de monitoramento destrói a auto-estima das pessoas e não e a solução mais eficaz no combate ao vandalismo", acrescenta Davies.fonte: bbcbrasil.com
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